Publicada em 03/11/2020
Tirando as empresas nas quais seu “core” é a tecnologia, muitas empresas, embora necessitem dela, sofrem quanto à forma em extrair o melhor das redes sociais.
Como saber se o que o colaborador realmente está à trabalho quando está em ambiente on-line?
Na visão das gerações passadas, há uma grande dificuldade de aceitação e compreensão de que a tecnologia por meio das redes sociais veio para ficar.
Muitas empresas têm solicitado em palestras e treinamentos que aborde o uso correto da rede social para que não afetem a produtividade.
Os avanços tecnológicos marcam as gerações. A geração “babyboomer” é formada pelos nascidos entre 1940 e 1960, com uma população que nasceu no fim ou após a Segunda Guerra Mundial. Já a geração “X” veio ao mundo entre 1960 e 1980, presenciou fatos históricos e movimentos revolucionários. A geração “Y” nasceu entre 1980 e 2000, em um período de prosperidade econômica, acompanhando a revolução tecnológica e social.
As empresas mal fizeram as transações entre as gerações babyboomer, e geração X e tem se confrontado com diversas dificuldades de adaptabilidade com as gerações Y e Z. Gerações essas que tiveram que evoluir e agregar os atributos da tecnologia ao seu favor desde a internet, a intranet e atualmente, diversos outros sistemas de comunicação como Skype, WhatssApp, Facebook, dentre tantos outros.
É inegável o benefício de compartilhamento de informações e velocidade que temos quando utilizamos as redes sociais de maneira correta em pesquisas, indicadores qualitativos e qualitativos. Um exemplo é uma reunião que pode ser agendada via Skype, com diversas pessoas em localidades diferentes, simultaneamente a um custo baixíssimo. Imagine se eu tivesse que providenciar transporte, hospedagem, alimentação dentre outras necessidades, o quanto isso afeta os resultados financeiros de uma organização.
Já quando olhamos para as desvantagens, falamos da improdutividade devido à má utilização dos aparelhos eletrônicos, afetando a concentração, perda de foco e tempo demasiado navegando por outras informações. Em ambientes digitais atrativos e interativos, chama-se muito mais a atenção para assuntos do senso comum, como emprego, relacionamentos, religião, política, economia, sexualidade, dentre outros.
Como estamos transitando na passagem de bastão da geração X, que são os “quarentões”, para geração Y, que já são os “trintões”, tem se aproximado a geração “Z”, novos aprendizes e estagiários, com os quais é preciso atuar de uma forma muito mais dinâmica. Como prática da área de Recursos Humanos, é importante que se atualize o código de Ética da empresa para repasse já na integração deste novo colaborador. A comunicação se torna muito mais clara a partir do momento em que ele tem acesso às informações quanto ao uso da tecnologia, direitos e deveres para que assim se construa um ambiente mais produtivo.
“Negar o uso de acesso às redes sociais é negar sua própria evolução neste mercado tão competitivo e globalizado e ainda mais profundo, é negar uma forma de interação e comunicação entre a empresa e o mercado de trabalho. O que resta a fazer é promover a conscientização sobre o uso e isso pode ser feito em parceria com as áreas de TI, Jurídica e Recursos Humanos”.
Geralmente, dou sugestões para criação de ambientes de descompressão como biblioteca, ou espaços onde se possa ter computadores conectados à internet para uso nos intervalos, como café ou almoço, para que qualquer colaborador possa ter acesso via login e senha, administrados pela área de segurança da informação de TI.
A maior preocupação na utilização de redes sociais é o vazamento de informações da empresa, espionagem industrial e claro, a exposição da imagem da empresa e de colegas de trabalho. É comum que em período de projetos e confraternizações por meio de imagens, vídeos, podem tomar uma proporção interna e externa com exposição em demasia ou deturpada. Para controlar isso, é fundamental redobrar orientações do que pode e não pode, para que não acarrete punições como advertências e demissões.
Isso tem auxiliado muito os colaboradores a não levarem ou burlarem as regras de utilização de celulares no ambiente de produção, onde podem gerar improdutividade e causar acidentes de trabalho. Além de prover a sensação de estarem conectados com o mundo, colaboradores se sentem respeitados e muito felizes mediante sentimento que a empresa é uma extensão de sua casa e de seu cotidiano. Tais medidas tendem a elevar os resultados da pesquisa de Clima Organizacional.
Na rotina do dia-a-dia tenho orientado gestores, líderes e o próprio RH para atuarem de forma mais dinâmica e comunicativa, e procuro reforçar essa corresponsabilidade entre empregador e colaborador por meio de palestras, treinamentos e coaching. Reforço que para que essa transição de gerações deixe de ser algo complexo e improdutivo, é importante que seja algo bom e adaptativo entre todos, e com bom senso seguirão o direcionamento da empresa.